O que é design?
O design aplicado à saúde transforma desafios complexos em soluções práticas, melhorando a experiência de pacientes e profissionais. Seja na arquitetura de hospitais, no design de serviços ou em ferramentas digitais, essa abordagem combina empatia, criatividade e inovação para atender às necessidades reais do setor.
A primeira vista, o início deste artigo no #BlogHBit, pode parecer estranho. Afinal, é comum que a primeira associação feita ao falarmos de design seja ao design gráfico e à atividade de criação de logos, personagens, entre outros criativos.
Porém, o design é mais amplo e, por conta disso, neste artigo, nos juntamos à Caiena, empresa de tecnologia e design, para apresentar a faceta do design que está mais ligada à observação e compreensão dos problemas com o intuito de propor soluções.
O design thinking, ou pensamento do design, é uma maneira de pensar que pode ser utilizada em várias frentes. Seu método compreende a imersão, análise, ideação e prototipagem. E, por não acreditar na existência de uma única solução perfeita para cada desafio, o processo de análise e planejamento do designer tende a ser criativo, rápido e eficiente – características que fazem com que tantos setores incorporem estes profissionais.Acompanhe o nosso artigo e descubra como o design pode revolucionar processos e gerar impacto positivo no cuidado à saúde.
Confira!
Design Thinking no setor de saúde: uma abordagem transformadora
O Design Thinking é uma abordagem amplamente reconhecida por sua capacidade de transformar desafios complexos em soluções inovadoras. Essa abordagem coloca o ser humano no centro do processo de criação, promovendo uma profunda compreensão das necessidades de pacientes, profissionais de saúde e gestores.
Com três pilares fundamentais — empatia, colaboração e experimentação —, o Design Thinking ajuda a identificar e solucionar problemas de forma criativa e prática:
- Empatia: Colocar-se no lugar dos pacientes e profissionais para entender suas dores, desafios e expectativas. Esse passo é essencial para criar soluções verdadeiramente eficazes e humanizadas.
- Colaboração: Envolver uma equipe multidisciplinar, reunindo diferentes perspectivas e conhecimentos para enriquecer o processo criativo.
- Experimentação: Testar ideias rapidamente por meio de protótipos, ajustando e aprimorando soluções até encontrar a melhor resposta para o problema identificado.
Na saúde, o Design Thinking já provou ser uma ferramenta poderosa. Quando o coronavírus passou a ser identificado, o mundo voltou sua atenção à saúde: à capacidade dos hospitais, aos procedimentos demandados e aos protocolos de segurança.
Esse tem sido um setor que teve de ser ágil e eficiente para responder à crise. As ferramentas do design aparecem, assim, como aliadas no processo de pensar soluções eficazes como para melhorar desde fluxos de atendimento até o layout dos hospitais.
O design thinking também tem sido aplicado no desenvolvimento de tecnologias médicas, como aplicativos para gestão de doenças crônicas, e na criação de ambientes hospitalares mais acolhedores e eficientes.Como abordado, entre algumas das bases do design estão a empatia, criatividade e a inovação, que são fatores indispensáveis em momentos de crise. Isso se dá porque o design é capaz de se questionar o porquê de fazermos uma tarefa de determinada forma, e procurar novos métodos para a superação dos desafios que se colocam.
Seja para aperfeiçoar processos ou criar novos produtos, o design tem se mostrado uma ferramenta indispensável nos projetos. A seguir, vamos explorar alguns exemplos práticos de como essa abordagem tem transformado o setor de saúde, trazendo impactos positivos para pacientes, profissionais e gestores quando utilizada para superar desafios na área da saúde.

Impactos do design aplicado à saúde
O design aplicado à saúde tem revolucionado diversas áreas do setor, trazendo melhorias significativas para pacientes, profissionais e gestores. Suas aplicações vão além da estética, focando em funcionalidade, eficiência e experiência. Confira alguns exemplos de impactos reais:
- Redesenho de Prontuários Eletrônicos: Sistemas de prontuários eletrônicos, muitas vezes complexos, podem ser simplificados e reorganizados para facilitar a navegação dos médicos. Interfaces intuitivas ajudam os profissionais a acessar informações críticas rapidamente, reduzindo erros e otimizando o tempo de consulta.
- Layouts de Hospitais para Reduzir Infecções: Projetos de ambientes hospitalares passaram a incorporar princípios de design voltados à saúde pública. Espaços são desenhados estrategicamente para otimizar o fluxo de pacientes e profissionais, além de minimizar o risco de contaminações cruzadas. Por exemplo, corredores separados para entrada e saída de pacientes e superfícies antimicrobianas em áreas de alta circulação.
- Aplicativos que Promovem Adesão a Tratamentos: Aplicativos criados com base no design centrado no usuário ajudam pacientes a seguirem seus tratamentos de maneira mais eficaz. Notificações personalizadas, gráficos de acompanhamento e integração com dispositivos vestíveis tornam o gerenciamento dos dados de saúde mais acessível e motivador.
- Humanização no Atendimento: Ambientes mais acolhedores, desde recepções de clínicas até quartos hospitalares, ajudam a reduzir o estresse de pacientes e acompanhantes. O design centrado no bem-estar utiliza cores, iluminação e mobiliário que promovem conforto físico e emocional.
Esses exemplos destacam como o design aplicado à saúde não apenas melhora a experiência dos envolvidos, mas também contribui para resultados mais seguros e eficazes. Ao focar na interação entre pessoas, espaços e tecnologias, ele se torna uma peça-chave na transformação do setor de saúde.
Principais desafios que o design resolve na saúde
Após compreender o impacto do Design Thinking no setor de saúde, é essencial reconhecer os desafios que ele busca solucionar. A aplicação estratégica do design não apenas melhora processos e experiências, mas também enfrenta problemas históricos e complexos que afetam o setor. Entre os principais desafios resolvidos estão:
- Fragmentação de Cuidados: Muitos pacientes enfrentam dificuldades em navegar por sistemas de saúde desconectados, onde informações não são compartilhadas entre diferentes profissionais e instituições. O design ajuda a integrar essas etapas, criando fluxos contínuos e facilitando a comunicação entre equipes multidisciplinares.
- Falta de Acessibilidade: Barreiras físicas, tecnológicas e econômicas limitam o acesso de muitas pessoas aos serviços de saúde. Por meio de soluções inclusivas, como telemedicina acessível e interfaces simplificadas, o design amplia o alcance dos cuidados, beneficiando populações vulneráveis.
- Barreiras Culturais e de Linguagem: Diversidade cultural e diferentes níveis de alfabetização podem dificultar a compreensão de diagnósticos e tratamentos. O design aplicado à saúde utiliza símbolos universais, linguagem simplificada e materiais educativos visuais para superar essas barreiras e garantir que todos tenham acesso à informação de qualidade.
Esses desafios não apenas afetam a experiência dos pacientes, mas também comprometem a eficiência e a eficácia dos serviços de saúde. No próximo tópico, exploraremos como o design aplicado à saúde transforma essas dificuldades em soluções práticas e inovadoras por meio de casos reais de impacto.
Exemplos práticos do design aplicado à saúde
1: YuTang – Unified Diabetes Care | iF WORLD DESIGN GUIDE
O YuTang – Unified Diabetes Care é um sistema de saúde criado para aprimorar o monitoramento de doenças crônicas, como a diabetes. A plataforma é capaz de gerenciar dados obtidos de diferentes fontes para compor um resultado preciso, tanto de resultados de exames hospitalares, quanto dos monitoramentos feitos em casa.
A informação é coletada e analisada para chegar de forma oportuna ao paciente e aos profissionais de saúde. Durante o desenvolvimento da plataforma, a YuTang contou com a ajuda de novas tecnologias e também do design thinking. Uma das etapas fundamentais da criação foi a pesquisa e observação feita com os pacientes e com a equipe médica e, assim, o sistema foi criado a partir das necessidades desses sujeitos.
2: IDethnos – Prótese
A empresa brasileira de design IDethnos foi premiada internacionalmente ao criar uma linha de capas adaptáveis e coloridas para próteses de perna. A prótese, chamada Confetti, possui usuários no mundo todo e, se comparada a outros produtos, trouxe inúmeros avanços: é leve, resistente, de fácil encaixe e possui um formato natural.
Além disso, por conta de seu baixo custo, ela pode ser adquirida gratuitamente através do SUS e do INSS, segundo o fabricante. Premiada internacionalmente, este é um grande exemplo de design inovador e gerador de impacto social.
3: Clove
O tênis Clove foi desenvolvido especialmente para os profissionais que estão na linha de frente do atendimento nos hospitais. A equipe de designers da Clove se relacionou com uma rede de profissionais da saúde a fim de criar um produto capaz de priorizar as necessidades dessas pessoas durante a rotina de trabalho.
O resultado foi um tênis fácil de tirar e colocar, que oferece bom suporte para longos períodos em pé, repele líquidos e possui palmilhas anti-cheiros e laváveis à máquina. A tecnologia e o design serviram à proteção e ao cuidado dos profissionais de saúde.
Ou seja, cada vez mais o design demonstra seu potencial em projetos de impacto social – a partir da observação da realidade e da busca por soluções voltadas às pessoas. Nos casos apresentados é possível perceber a aplicação do modo de pensar do design em mudanças efetivas para profissionais da saúde e pacientes.
Algumas situações do cotidiano podem, e devem, ser mais fáceis e acessíveis! O papel do design é identificar esses desafios e propor soluções. Acompanhe o blog da Caiena e o #BlogHBit para saber mais!
Se preferir, entre em contato direto com a HealthBit. Somos uma healthtech, startup brasileira de tecnologia do segmento de saúde, que identifica problemas relacionados à saúde populacional dentro da empresa, provê estrutura para a solução, verifica custos médicos e descobre oportunidades de melhorias no sistema como um todo.Nosso impacto direto é levar uma gestão de saúde ativa e efetiva. Atualmente, damos suporte em Inteligência de Dados para mais de 1,6 milhões de vidas em mais de 200 empresas.
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